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30 julho 2013

Escolas aprovam sistema de ciclos e semestralidade

Unidades de ensino que aderiram à metodologia avaliam que houve diminuição da evasão escolar, relação mais efetiva entre professor e aluno, além do aumento da frequência e aprendizagem. O novo projeto de reorganização da educação básica da rede pública de ensino do Distrito Federal foi implantado no início do ano letivo de 2013. Cerca de 300 escolas aderiram, de forma espontânea, ao sistema de ciclos e semestralidade. A maioria das unidades de ensino que estão aplicando a metodologia avalia que obteve resultados positivos.
Conforme a LDB/1996, no Artigo 23, estabelece que “a educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriado, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar”.
Os ciclos de aprendizagem são aplicados às escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental. O secretário de Educação, Denilson Bento da Costa, explica que o ciclo é uma possibilidade de organização pedagógica que pode melhor atender às diversas necessidades de diferentes alunos. Isto porque alguns precisam de mais tempo e de metodologias diversificadas para alcançar as aprendizagens propostas.
Entende-se que o conceito de ciclos é mais que uma “desseriação” da escolaridade e a transformação de períodos escolares mais longos. “Os ciclos de aprendizagem não adotam a progressão automática, mas sim a progressão continuada. Dessa forma, o estudante terá tempo maior do que o determinado pelo ano letivo para aprender”, afirma o secretário.
A Escola Classe 34 de Ceilândia está entre aquelas que abraçaram a nova metodologia. A diretora Gizêlda Grigório conta que todos os professores da unidade aderiram à proposta da educação em ciclos. Para ela, o projeto possibilita uma intervenção quanto às necessidades de cada aluno, preparação e integração familiar à escola. “Nunca tivemos problemas com evasão escolar e notamos que os alunos estão mais assíduos, o interesse pelo estudo aumentou”, acrescenta a diretora.
Para a supervisora pedagógica da EC 34 de Ceilândia, Ildeneide Pereira, a educação em ciclos faz toda a diferença e o principal beneficiado é o aluno. “O professor pode observar profundamente e respeitar a fase de desenvolvimento de cada estudante e, por consequência, esse aluno aprenderá mais”.
A diretora da Escola Classe 01 da Ceilândia, Jocilene Alves, tem uma visão positiva do projeto. Segundo a diretora, os professores fizeram um mapeamento das dificuldades de seus alunos a fim de realizarem as intervenções corretas. “A partir da implantação dos ciclos, professores se atentaram mais precisamente a cada avanço dos estudantes. Embora esteja recente a adesão, já é possível ver os resultados positivos. Se o aluno tem sucesso na escola, raramente ele vai evadir”.
Semestralidade
De acordo com o secretário de Educação, a semestralidade é uma proposta de reorganização curricular que modifica a forma de ensinar e aprender no Ensino Médio. Na semestralidade, o regime e a matrícula continuam anuais em séries, no entanto, a organização do tempo escolar e dos componentes curriculares do Ensino Médio passam a ter outra configuração.
“Os principais argumentos para a implantação dos ciclos também são mantidos na semestralidade, que se propõe trabalhar na perspectiva de multiletramento, ou seja, o reconhecimento do pluralismo cultural e de diversas linguagens na escola”, ressalta Denilson Costa.
O segundo semestre do Centro Educacional 04 do Guará já começou com uma reunião entre a direção, professores e a supervisão pedagógica, para expor os resultados obtidos no semestre anterior, e do que ainda será feito até ao final de 2013. O diretor Afrânio de Sousa avalia que houve melhoria das notas dos alunos, do rendimento escolar e o fato de haver sete matérias, e não mais 14, facilita a aprendizagem. “O professor tem um tempo maior com os estudantes e mais encontros semanais, isso faz com que as aulas sejam mais produtivas”, disse.
A professora de geografia, Daniane Bevenuto, relata que está satisfeita com a implantação da semestralidade no CED 04. “Temos um diálogo melhor para tirar dúvidas, pontuar as dificuldades e adequar a disciplina à realidade do aluno”.
A diretora do Centro Educacional 07 de Taguatinga, Ana Célia, conta que os resultados foram bastante satisfatórios. Ela aponta que houve redução da evasão escolar, o contato entre professor e aluno melhorou, o interesse dos estudantes tem aumentado gradativamente, assim como a frequência escolar. “Os professores estão satisfeitos com a metodologia. Reduziu o número de alunos por turma e dessa forma, é possível perceber com mais eficácia a necessidade do educando e ter mais tempo para se dedicar a ele”.
Para a professora de português e redação do CED 07, Zélia Oliveira, ter mais tempo com o aluno influencia na sua participação nas aulas. “Percebi que meus alunos perderam a timidez para conversar comigo, tirar dúvidas e estão conseguindo aprender mais”, ponderou.
 Ascom
Fonte: www.se.df.gov.br

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